Uma postagem atrasada, sem dúvida!
No início de 2019, meu planejamento para as turmas de sexto ano principiou com o gênero discursivo entrevista. A escolha desse formato textual tem muitas justificativas: a possibilidade de trabalharmos textos falados e escritos, verificando contextos de formalidade e informalidade; a presença de entrevistas no cotidiano, especialmente no âmbito do jornalismo; a marca da subjetividade das entrevistas; as entrevistas relacionadas a pesquisas científicas (entrevistas com especialistas, nos Projetos de Aprendizagem desenvolvidos na escola).
O começo de tudo, portanto, foi com o caderno: pequenas perguntas coloridas foram entregues, uma a uma, aula a aula. Assim, compusemos um pouquinho da nossa identidade (e do nosso caderno) e nos conhecemos.
A entrevista (arquivos você encontra aqui!) foi a conexão com o JORNALISMO EM QUADRINHOS, um "tipo" de produção artística que é, ao mesmo tempo, arte e informação. Há muitas entrevistas em quadrinhos e, para nosso trabalho, selecionei o artista PABLITO AGUIAR (@pablito_aguiar), em especial a obra "Alvorada em Quadrinhos":
Nesse livro, Pablito entrevista moradores de Alvorada, pessoas comuns, o que permite aos estudantes identificarem-se com aquelas personalidades transformadas em personagens (aliás, emergem dessa obra algumas tensões que podem ser abordadas em aula: "realidade" x ficção; informação/jornalismo x ficção/desenho). Além disso, o Pablito é daqui e pensei em levá-lo à escola - o que, de fato, aconteceu.
Durante a Semana de Línguas do CAp, evento dedicado às línguas estrangeiras e à línguas portuguesa e sua literatura, Pablito foi à escola conversar com a gurizada. Além disso, realizamos uma pequenina exposição no saguão da escola, com entrevistas em quadrinhos e tamanhos grandões (infelizmente, não temos fotos da exposição).